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Diferença Entre Fogo e Incêndio
Nos filmes, sempre que há um incêndio, vemos pessoas correndo e gritando: “Fogo! Fogo!”. O mais interessante é que fogo e incêndio, embora tenham óbvias ligações, não são a mesma coisa.
O fogo é algo que encanta e assusta o homem desde os primórdios de sua existência.
No princípio, o fogo era visto pelos homens como algo sobrenatural e incontrolável, e os incêndios, como a ira dos deuses.
O medo do fogo é ancestral, e não se deve unicamente ao seu forte apelo sobrenatural, mas por sua capacidade de ferir e destruir, principalmente quando evoluído à condição de incêndio.
Passou-se um bom tempo até que o homem conseguisse, ele mesmo, dominar o fogo, conseguindo fazê-lo através da fricção de madeiras ou através de faíscas provenientes do atrito entre duas pedras ou entre pedra e metal.
Conceitos de Fogo e Incêndio
Como dito anteriormente, fogo e incêndio são duas palavras com significados bem diferentes e, portanto, de modo que fique mais claro o que é cada uma delas, vamos conceitua-las:
- Fogo – nada mais é do que o resultado de uma reação química de liberação de calor, denominada de combustão. Uma das características dessa reação é a presença de luz. Pra que o fogo exista é necessário que haja calor, combustível e oxigênio. O fogo é a combustão controlada!
O calor, também designado por Temperatura de Ignição, o combustível e o oxigênio ou Comburente formam o chamado Triângulo do Fogo:
- Incêndio – é uma das consequências do mau uso do fogo ou de acidentes naturais ou não. Ou seja, é a destruição causada pelo fogo descontrolado, causando prejuízos de toda espécie.
Tipos de combustão
Já sabemos que a combustão é uma reação química entre três elementos (combustível, oxigênio e calor), que produz luz e mais calor, além de outros produtos. Mas é interessante, também, conhecer os três tipos de combustão:
- Combustão lenta – essa, com certeza, vai lhe surpreender: é a que ocorre quando há a corrosão (oxidação) de determinado material, sem que haja liberação de calor ou luminosidade. Exemplos: sua respiração e a ferrugem;
- Combustão viva – quando há liberação de calor e luz, porém sem grande aumento de pressão. Exemplos: as bocas de um fogão, velas, fogueiras, churrasqueiras, lamparinas etc;
- Combustão muito viva – a maior diferença deste tipo de combustão é a velocidade com que o calor e a energia são dispersados de maneira rápida, ou violenta, aumentando consideravelmente a pressão do ambiente. Exemplos: explosivos, explosão de botijões de gás etc.
Sem os devidos controles e cuidados, qualquer combustão viva pode se transformar em combustão muito viva. A conhecida frase “com fogo não se brinca” é absolutamente verdadeira.
Principais Causas de Incêndio
Infelizmente não temos total controle sobre a possibilidade de evitar incêndios, mas devemos conhecer as suas principais causas, de modo que possamos elaborar estratégias, dessa forma diminuir a possibilidade de eles acontecerem.
Quando não são motivados por causas naturais, como tempestades elétricas, abalos sísmicos que rompam tubulações de gás ou algo semelhante, os incêndios derivam-se de falhas humanas, de materiais ou das duas juntas.
Vejamos, principalmente, aqueles que podem ocorrer em nossas casas:
- Brincadeiras de crianças – elas não têm noção do perigo, portanto, deixar fósforos e materiais inflamáveis ao alcance de crianças é muito complicado. A orientação correta, desde cedo, é fundamental;
- Fogueiras – principalmente em períodos de festas juninas, as pessoas costumam fazer fogueiras, assar alimentos e brincar ao redor delas. Infelizmente, muitas vezes, essas fogueiras são feitas próximas às matas ou residências e, não raro, são imensas, o que pode propiciar o início de um incêndio de grandes proporções, inclusive;
- Balões – esses são terríveis! Todos os anos eles provocam vários incêndios em residências, florestas e indústrias. Não solte balões!
- Fogos de artifícios – tal qual os balões, os fogos de artifício além de provocarem incêndios, são responsáveis por mutilações, às vezes sérias, em crianças e adultos;
- Velas e lamparinas sobre materiais inflamáveis – mesas, bancos, armários etc;
- Aparelhos eletrodomésticos – evite guarda-los ainda quentes (gril, fornos elétricos) e dê atenção à fiação, evite curtos-circuitos;
- Vazamento de gás – tenha total atenção aos acendedores dos fogões. Verifique se estão na posição “fechado”. Troque periodicamente a borracha e verifique a válvula;
Com boas práticas de uso e conservação de aparelhos elétricos e da própria instalação elétrica, fogões, fósforos, velas etc, as possibilidades de um incêndio são muito diminuídas. Cautela e prevenção são as palavras-chaves!
O fogo é um elemento fundamental para a sobrevivência humana e também movimentar grande parte da economia, principalmente nas grandes indústrias de transformação, siderúrgicas, refinarias e outras.
E, como não podemos prescindir de seu uso, só nos resta ter responsabilidade e cautela, com seu uso. Repetindo: com fogo não se brinca!
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